Arquidiocese de Botucatu

APAC promover a justiça, socorrer a vítima e proteger a sociedade.

Botucatu, 09 de maio de 2023

Irmãos e Irmãs

Saúde e Paz!

Realizou-se, hoje, dia 09 de maio de 2023, das 9h às 12h, no ITRA, em Marília, sob a presidência de Dom Benedito Gonçalves dos Santos, Bispo Diocesano de Presidente Prudente, SP,  e Presidente do Sub-Regional, a segunda reunião deste ano do Sub-Regional de Botucatu.

Após a oração inicial, apresentação dos participantes e leitura da Ata da reunião anterior, sob a coordenação do Sr. Valdeci Antônio Ferreira, membro da APAC, deu-se início ao estudo do tema do dia: A Pastoral Carcerária.

RESUMO DA APRESENTAÇÃO:

 – A APAC nasceu em 1972, na cidade de São José dos Campos – SP, através de um grupo de voluntários cristãos, sob a liderança do advogado e jornalista Dr. Mário Ottoboni, no presídio Humaitá, para evangelizar e dar apoio moral aos presos. A sigla APAC, naquele momento, significava Amando o Próximo Amarás a Cristo.

– No ano de 1974, a equipe concluiu que somente uma entidade juridicamente organizada seria capaz de enfrentar as dificuldades e as vicissitudes que permeavam o dia a dia do presídio e assim foi instituída a APAC, com um novo significado: Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Uma entidade jurídica sem fins lucrativos, com o objetivo de auxiliar a Justiça na execução da pena, recuperando o preso, protegendo a sociedade, socorrendo as vítimas e promovendo a Justiça restaurativa.

– O objetivo da APAC, portanto, é promover a humanização das prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar.

– Na APAC os presos são chamados de recuperandos e são corresponsáveis por sua recuperação. A presença de voluntários é fundamental oferecendo aos recuperandos a assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica.  Na APAC, a segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte alguns funcionários e voluntários, sem o concurso de policiais ou agentes penitenciários.

– A APAC conta com uma rotina diária que inicia às 6 da manhã e termina às 10 da noite. Durante o dia todos trabalham, estudam e se profissionalizam, evitando a todo custo a ociosidade. Com uma disciplina rígida, a APAC conta com um Conselho formado por recuperandos que contribui decisivamente para a ordem, o respeito e o seguimento das normas e regras.

– Na APAC as famílias são respeitadas e coparticipes da recuperação. Através de encontros formativos, celebrações e vistas aos lares, a APAC tenta, a todo custo, reatar os laços entre recuperandos e seus entes queridos.

– Um presídio que aplica a metodologia APAC é infinitamente mais vantajoso para o Estado, visto que um preso na APAC custa um terço do valor gasto no sistema comum. Além disso, a construção de uma APAC é muito mais barata que a construção de um presídio comum.

– Os resultados positivos tais como baixo índice de reincidência, baixo custo, ausência de violência e rebeliões, poucas fugas, têm contribuído para que a metodologia APAC seja conhecida e aplicada.

– O modo APAC de trabalhar com os presos  está presente em diversos Estados do Brasil e em mais 12 países.

No Sub-regional a Pastoral Carcerária está presente nas 8 Arqui(dioceses) e pretende aprofundar melhor a proposta de implantação de Unidades do sistema APAC no Estado de São Paulo.

Terminada a palestra, houve um tempo para perguntas e esclarecimentos, alguns Comunicados do Sub-Regional, oração final e almoço.

A próxima reunião do Sub-Regional de Botucatu, será no dia 08 de agosto, com a Oração inicial por conta da Arquidiocese de Botucatu.

Sempre agradecido!

Pe. José Hergesse – Coordenador Arquidiocesano de Pastoral

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