Arquidiocese de Botucatu

“As igrejas estão fechadas, nossos corações, porém, não podem se fechar”, diz Dom Maurício em mensagem sobre a Semana Santa

Com a aproximação da Semana Santa, a festa maior da fé e da esperança para os cristãos católicos, o Arcebispo Dom Maurício Grotto de Camargo transmitiu aos fiéis uma mensagem de reflexão sobre a vivência desse período de uma forma diferente neste ano, em razão do afastamento social causado pela pandemia do Coronavírus

Em sua mensagem, o Arcebispo disse que todos os católicos gostariam obviamente de celebrar a Santa Páscoa dentro da Igreja, porém relembrou que apesar das Igrejas estarem fechadas, nossos corações não podem se fechar. Pelo contrário, é preciso estar aberto à Deus e aos irmãos. 

“A Igreja nasce da provação e na tribulação. Nasce da cruz, do Sagrado Coração de Jesus aberto pela lança, do qual jorrou sangue e água. Ela nasce missionária e itinerante em Pentecostes, conduzida pelo Espírito Santo e não vai se firmando através de Templos, mas de pequenas e autênticas comunidades capazes de amar como Jesus”, disse.

Nesse momento em que o mundo vive uma pandemia não esperada, Dom Maurício destacou a passagem bíblica do capítulo 5 da Carta de São Paulo aos Romanos onde diz que a tribulação produz a perseverança, a perseverança produz a fidelidade comprovada e a fidelidade comprovada produz a esperança e a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Para refletir sobre a atitude do cristão nesse tempo, o Arcebispo mencionou a crucificação dos dois ladrões ao lado de Jesus na Cruz: “Um se revolta contra tudo e cobra de Jesus uma solução, sem perceber que a salvação está do seu lado, o próprio Jesus fiel ao Pai até o fim. O outro está de olhos e coração abertos. Observa todo o cenário. Faz uma revisão da própria vida, se arrepende e reconhece que Jesus é Senhor e Salvador.”

Apesar da Páscoa ser celebrada no domingo, dia 12 de abril, Dom Maurício exortou os fiéis a viverem uma Páscoa cotidiana, um processo diário de morte e ressurreição com Cristo, por Cristo e em Cristo, mesmo nas pequenas coisas, como na pandemia, parando de lamentar os problemas diários em casa, na família, na igreja, no trabalho, com os vizinhos. 

“É preciso vencer o medo de sofrer o que for preciso para resolver os problemas com amor e no amor. Sem os problemas, como vamos aprender a perdoar e pedir perdão? Como aprender a confiar em Deus, amar e se deixar amar, a dialogar com humildade e sabedoria, aprender a fazer e refazer a comunhão, se deixar santificar pelo Espírito Santo e ser instrumento de santificação?”, comentou.

No final da mensagem, o Arcebispo convidou os católicos a montar um altar em suas casas com a sagrada escritura, uma vela e um crucifixo e também, no Domingo de Ramos, a enfeitar a casa com ramos e os portões, como forma de manifestar que Jesus Cristo é o Senhor, que ele reina nas casas e dá sentido às nossas vidas. 

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