Arquidiocese de Botucatu

Liturgia Diária

Dia de Todos os Santos e a Comemoração de todos os Fiéis Defuntos

No mês de novembro comemoramos duas datas importantes para a Igreja Católica: “Dia de Todos os Santos” e o dia da “Comemoração de todos os Fiéis Defuntos”. Para entender um pouco mais sobre essas comemorações, é conveniente refletir sobre um aspecto da nossa profissão de fé: quando dizemos que cremos na “comunhão dos santos”.

Temos duas palavras-chaves: ‘comunhão’ e ‘santo’. Comunhão significa que tem ‘algo em união’, ‘comungando’. Santos são os batizados. Comunhão dos santos é a união de todos aqueles que foram batizados. São aqueles que permanecem ao corpo de Cristo (1Cor 12,12-31). A comunhão dos santos é, portanto, todas as pessoas que foram santificadas pelo Batismo. Essa comunhão não acontece só na Terra, ela vai além. A nossa fé em Cristo, nos leva a crer que a vida continua depois da morte e, por isso, todos os cristãos que fizeram sua passagem no mundo, continuam pertencendo ao corpo de Cristo. É por esse motivo que não comemoramos o dia dos mortos, mas o dia dos fiéis defuntos.

É importante lembrar que os santos canonizados pela Igreja Católica não são apenas as pessoas que promoveram milagres sobrenaturais. É santo, reconhecido pela Igreja, aquele que viveu o novo mandamento: amou como Jesus amou (Jo 13,34). O dia de Todos os Santos faz memória de todos os homens, mulheres, crianças, jovens, religiosos e religiosas, canonizados e também os não canonizados, aqueles que estão no anonimato. O Papa Francisco nos diz que “os santos ainda estão aqui, não muito longe de nós; e suas representações nas igrejas evocam aquela “nuvem de testemunhas” que sempre nos circunda. São testemunhas que não adoramos (…) Os santos nos lembram que mesmo em nossas vidas, embora frágeis e marcadas pelo pecado, a santidade pode florescer”.

Celebrar o dia de Todos os Santos têm uma motivação pedagógica. A vida de cada um deles nos motiva a viver a nossa vocação primeira: sermos santos e íntegros diante do amor (Ef 1,4). “Quando rezamos, nunca o fazemos sozinhos: mesmo que não pensemos nisso, estamos imersos num rio majestoso de invocações que nos precede e continua depois de nós. (…) Estas vozes são transmitidas de geração em geração, num entrelaçamento contínuo entre a experiência pessoal e a do povo e da humanidade a que pertencemos”, explica o Papa Francisco.

Pedimos a interseção dos santos e rezemos para os fiéis defuntos, para que cada vez nós nos reconhecemos como corpo de Cristo, promovendo o amor ao próximo, principalmente aos mais necessitados.

 

Carlos Eduardo de Vasconcelos

Alex Ângelo Batistela Júnior

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